domingo, 8 de maio de 2011

Projeto de canteiro é estratégico para reduzir desperdícios, garantir a segurança e elevar a produtividade.

Toda obra, independentemente do tipo, localização ou porte pressupõe a existência de um canteiro onde tudo acontece. Apesar disso, ainda são poucas as construções realizadas em áreas planejadas e organizadas de forma estratégica, visando elevar a produtividade, reduzir os desperdícios.

O projeto de canteiro bem planejado propicia o aumento da eficiência dos trabalhos, racionalização de recursos e otimização das condições de trabalho. Paralelo a isso, o canteiro é o cartão de visitas da construtora e pode exercer um papel motivacional importante junto aos trabalhadores.

Um projeto de canteiro bem concebido evita que a desorganização e falta de espaços físicos provoquem excessiva movimentação de materiais, equipamentos e pessoas, levando ao desperdício de tempo e à perda de suprimentos.

Informações como o cronograma, sistemas construtivos a serem empregados, demanda por materiais e mão de obra disponível, servem de base para o projeto do canteiro, que será melhor quanto mais precisas forem as informações obtidas junto às etapas de desenvolvimento dos projetos do produto e da produção.

No passado, esse tipo de preocupação com os canteiros era mais comum em obras industriais e de infraestrutura, mas hoje, até pelo aumento do tamanho dos empreendimentos, esse movimento já chega à construções média e pequenas, como casas e escolas.

Projetar o canteiro é mais do que simplesmente desenhar uma proposição física para o arranjo dos elementos. É discutir toda a vida da construção, incluindo, eventualmente, críticas e sugestões quanto ao próprio produto ou aos processos pensados para sua realização.

Etapas:
· Análise das particularidades da obra, do cronograma e dos recursos disponíveis;
· Definição do layout dos espaços de produção, áreas de circulação, alojamentos, escritórios administrativos e demais partes do canteiro;
· Modificações no decorrer do empreendimento de forma evolutiva e integrada com cada fase da obra.

O escopo não contempla apenas a previsão das áreas de trabalho fixas e temporárias, mas também os espaços para armazenamento de insumos, vias de circulação de materiais e pessoas, sistemas de transporte vertical e horizontal, além de toda infra estrutura de apoio técnico/ administrativo.

Outra parte importante é a concepção das áreas de vivência (refeitório, ambulatório, instalações sanitárias, vestiário etc.), que devem seguir as recomendações da NBR 1367, que trata das áreas de vivência em canteiros de obras, e da NR-18, que aborda as condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção. Além de dar vazão aos fluxos de produção, o projetista de canteiros tem entre suas atribuições criar um modelo de arranjo físico ajustável ao projeto de produção do empreendimento.
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